A bateria que pode durar 50 anos

Segunda-feira, 2 de junho de 2025

Última modificação: Segunda-feira, 2 de junho de 2025

Adaptado de Rech (2025)

A startup chinesa Betavolt desenvolveu uma bateria nuclear (BV100) que, segundo eles, pode gerar energia por até 50 anos sem a necessidade de recarga.
De acordo com o CEO da Betavolt, a BV100, do tamanho de uma moeda, será o primeiro produto lançado pela startup e a primeira bateria nuclear do mundo a ser produzida em massa. Ela terá potência de 100 microwatts, tensão de 3 volts e as seguintes dimensões: 15 x 15 x 5 mm. Por dia, a bateria produz 8,64 J.
Ainda segundo a empresa, a potência de geração de bateria atômica não é afetada por condições ambientais e funciona em temperaturas que variam de 120ºC até -60ºC. Além disso, as baterias são seguras e não apresentam radiação externa.
Para tal funcionamento, a bateria nuclear conta com um semicondutor produzido pela própria empresa de diamante de quarta geração, material semicondutor de alta eficiência.
De modo geral, a bateria poderá ter aplicações na indústria aeroespacial, dispositivos de IA, equipamentos médicos e sensores avançados. Hoje, baterias nucleares existem no setor aeroespacial, mas são grandes, pesadas, de alto custo e operam em temperaturas elevadas. Por isso, não podem ser usadas em aplicações civis, como marcapassos e corações artificiais.
A Betavolt usa o isótopo níquel-63 como fonte de energia. Uma camada ultrafina semicondutora de diamante captura o elétron liberado quando o isótopo decai e o converte em corrente elétrica. A startup começou pesquisas com o estrôncio-90, promécio-147 e deutério (²H) para desenvolver baterias de maior potência e durabilidade.
Destaca-se que, após o período de decaimento, o níquel-63 se transforma em um isótopo estável de cobre, sem risco de radioatividade ou de poluição.

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