Entenda como os microplásticos representam riscos à saúde das pessoas
Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Última modificação: Segunda-feira, 28 de julho de 2025
Adaptado de Organização das Nações Unidas News (2025)
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançou um guia sobre os riscos dos microplásticos. Encontrados na água, no solo e no ar, eles são nocivos à saúde humana e ao planeta. Segundo a agência da ONU, 2,7 milhões de toneladas de microplásticos vazaram para o meio ambiente em 2020, uma estimativa que deve dobrar até 2040.
Microplásticos são definidos como qualquer fragmento de plástico com diâmetro entre 1 nanômetro e 5 milímetros. Existem duas fontes principais de geração dos microplásticos. Os microplásticos primários, que são feitos para serem pequenos, como as microesferas adicionadas intencionalmente a sabonetes faciais e outros produtos de higiene pessoal. Os microplásticos secundários, em que a maioria provém da lenta desintegração de produtos plásticos maiores, incluindo filme plástico, embalagens de comida para viagem, roupas de poliéster, pneus, tinta e grama sintética.
Nossa saúde pode ser afetada pela presença dos microplásticos, pois estes podem entrar no corpo humano por ingestão e inalação. Ainda não se sabe se os nanoplásticos – que têm menos de 1 micrômetro de diâmetro – podem penetrar na pele, como sugerem algumas pesquisas. Um estudo de 2019 descobriu que alguns adultos podem estar consumindo entre 39 mil e 52 mil partículas de microplástico por ano, em média, dependendo de sua localização e do que fazem. Microplásticos foram encontrados em todo o corpo humano, inclusive nas paredes das artérias.
Ao considerar as plantas, um estudo descobriu que eles podem retardar o crescimento de uma alga marinha microscópica conhecida como fitoplâncton, a base de várias cadeias alimentares aquáticas. Destaca-se que os microplásticos podem tornar o solo menos fértil, prejudicando as colheitas. E, do ponto de vista climático, os microplásticos podem acelerar o derretimento da neve e do gelo em locais como o Ártico, limitando a capacidade do planeta de refletir a luz solar e acelerando o aquecimento global, sugeriu um estudo.
Mas, como podemos reduzir a produção de microplásticos? Um primeiro passo é que as empresas parem de adicionar microplásticos desnecessários aos produtos, além de redesenhar os produtos para que contenham menos plástico e soltem menos fibras plásticas. Também não sejam liberados microplásticos no meio ambiente ao final da vida útil. Por fim, deve-se reforçar os sistemas de coleta e reciclagem de resíduos para evitar que produtos plásticos escapem para o meio ambiente, onde se decompõem em microplásticos.
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