Presença de soda cáustica e de água oxigenada em derivados de leite
Segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
Última modificação: Segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
Adaptado de Parra (2024)
Recentemente, soda cáustica (NaOH) e água oxigenada (H2O2) foram identificadas em leite UHT e em derivados como leite em pó e compostos lácteos. Destaca-se que ambos os materiais são nocivos e, mesmo assim, foram utilizados para reprocessar produtos comerciais com data de validade vencida, mascarando problemas de qualidade.
Ao utilizar a soda cáustica e a água oxigenada, os produtos adulterados chegaram a passar nos testes de controle de qualidade iniciais. A inserção de soluções diluídas de soda cáustica nos produtos lácteos é capaz de reduzir a acidez até a faixa permitida pela legislação (Figura 1a). Destaca-se que, quando a acidez aumenta muito, proteínas do leite como as caseínas tendem a sofrer desnaturação, precipitando (talhando).
A água oxigenada, por sua vez, pode atuar como um oxidante (Figura 1b) eliminando microrganismos, dificultando sua identificação nas análises microbiológicas de fiscalização. Concomitantemente, a água oxigenada pode oxidar vitaminas do leite, como A e E, reduzindo seu conteúdo.
Figura 1 – Representações da a) reação de neutralização usando soda cáustica e da b) semi-reação de redução do peróxido de hidrogênio em meio ácido.
Esse é um alerta grave, dado o consumo diário de leite por diversas faixas etárias, especialmente em ambientes escolares.
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